Financiamento da transição energética e do desenvolvimento de energias renováveis com o Banco do Brasil

Como parte de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), o Brasil se comprometeu a atingir zero emissões líquidas até 2050 e reduzir pela metade suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030. O país se beneficia de uma matriz elétrica amplamente descarbonizada graças às suas usinas hidrelétricas, mas é altamente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas e ao risco de estresse hídrico. Nesse contexto, o Brasil estabeleceu o objetivo de garantir pelo menos 23% da produção de eletricidade a partir de fontes renováveis (ER excluindo a hidroeletricidade) até 2030, com forte potencial para energia fotovoltaica, eólica e biomassa.

2ª maior instituição financeira da América Latina por tamanho de balanço, o Banco do Brasil ocupa um lugar de destaque no sistema financeiro nacional e desempenha um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico do país. Como parte de sua estratégia "Agenda 30", o banco apoia o financiamento de políticas públicas brasileiras em prol do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o objetivo do projeto é fortalecer o financiamento da transição energética e o desenvolvimento de energias renováveis no Brasil, apoiando o Banco do Brasil no desenvolvimento de sua oferta de financiamento e ajudando o banco a fortalecer seus instrumentos internos de gestão de riscos ambientais, sociais e climáticos.

Para atingir esse objetivo, a AFD colocou à disposição do Banco do Brasil uma primeira linha de crédito de 100 milhões de euros e um subsídio de 300.000 euros. Os fundos de crédito são destinados ao financiamento de equipamentos solares de pequena escala para indivíduos e PMEs em todo o país. O subsídio financia a assistência técnica ao banco para apoiar o desenvolvimento de capacidade..

Ao apoiar o Banco do Brasil no financiamento de energia renovável de pequena escala, a AFD e o banco tem como objetivo diversificar a matriz energética brasileira e melhorar as práticas econômicas em regiões vulneráveis do país, como o Nordeste e a Amazônia. Essa parceria estratégica permitiu o Banco do Brasil fortalecer seu compromisso com a luta contra as mudanças climáticas e explorar novas áreas de cooperação. Os principais impactos gerados por essa operação são os seguintes:

• Valor do investimento em nova capacidade de produção de ER superior a 100 milhões de euros;
• Instalação de mais de 3.700 novas entidades descentralizadas de produção de energia renovável;
• Produção anual de aproximadamente 64 GWh/ano de energia renovável;
• Mitigação de 28 mil toneladas de CO2 equivalente/ano;